Garantia da formação para a educação especial: o professor formador
DOI:
https://doi.org/10.69532/2178-4442.v19.64304Palavras-chave:
Educação Especial, Formação continuada, professores formadoresResumo
Observamos que a discussão com relação a formação de professores voltada para a Educação Especial ganha força a partir da década de 1990, com diversas leis enfatizando a necessidade de que essa discussão seja realizada. A educação dos alunos público alvo da educação especial encaminha-se para um futuro promissor, no entanto, quando observamos a realidade da escola, dos professores e alunos, verificamos que a lei, em tese é uma garantia dos direitos humanos e, portanto, não tem assegurado nem proporcionado condições para tal, uma vez que a discussão da temática na formação se dá em sua maioria pela presença da disciplina Libras, uma vez que o professor formador não se sente preparado para promover tais discussões. Assim, o objetivo do presente artigo é explanar se os professores formadores de curso de Ciências da Natureza, Ciências Biológicas, Física e Química do Estado de Goiás vivenciaram uma formação inicial ou continuada que discutiu a Educação Especial. Trata-se de uma pesquisa qualitativa com base teórica na psicologia histórico-cultural, tendo como principal instrumento de construção de dados a entrevista com coordenadores de cursos de Ciências da Natureza. Os dados que foram analisados e organizados em categorias com base na Análise Textual Discursiva. Através da análise destes, foi possível observar que a maioria dos professores formadores não vivenciou a discussão da Educação Especial em nenhum momento, nem durante sua formação, o que nos leva a crer na necessidade de oportunizar a estes formação continuada sobre a temática, como forma de garantir uma formação inicial de qualidade.
Downloads
Referências
ADAMS, F. W. Docência, formação de professores e Educação Especial nos cursos de Ciências da Natureza. 264 f. 2018. Dissertação (Mestrado em Educação), Universidade Federal de Goiás, Catalão, 2018.
_________. Abordagem histórico-cultural: um olhar para a formação de professores e a educação especial. 1 ed. Curitiba: Editora Appris, 2020a.
________. A discussão da educação especial nas disciplinas de núcleos pedagógicos nos cursos
de ciências da natureza. Revista Cocar. v.14 n.30 set./dez. p. 1-16, 2020b. Disponível: https://periodicos.uepa.br/index.php/cocar/article/view/3383. Acesso em: 29 de maio de 2021.
_______. A percepção de professores de ciências frente aos desafios no processo de ensino e
aprendizagem de alunos público alvo da Educação Especial. ACTIO, Curitiba, v. 5, n. 3, p. 1-23, set./dez. 2020c. Disponível em: https://periodicos.utfpr.edu.br/actio/article/view/11519/8022. Acesso em: 29 de maio de 2021. DOI: https://doi.org/10.3895/actio.v5n3.11519
________. A Experiência de Coordenadores de Cursos de Ciências da Natureza com Alunos PAEE. Revista Cocar. v.15 n.32, p.1-20, 2021. Disponível: https://periodicos.uepa.br/index.php/cocar/article/view/3383. Acesso em: 29 de maio de 202.1
ALMEIDA, M. A. Formação do professor para a educação especial: história, legislação e competências. Cadernos edição: 2004 nº 24. Disponível em: http://www.ufsm.br/ce/revista/ceesp/2004/02/a2.htm>. Acesso em: 29 de maio de 2021.
BAZON, F. V. M.; FURLAN, E. G. M.; FARIA, P. C.; LOZANO, D.; GOMES, C. Formação de formadores e suas significações para a educação inclusiva. Educação e Pesquisa., São Paulo, v. 44, e176672, 2018. DOI: https://doi.org/10.1590/s1678-4634201844176672
BRASIL. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial: livro 1/MEC/SEESP- Brasília: a Secretaria, 1994a. 66f.
_____. Portaria Ministerial MEC nº 1.793, de 27/12/1994. Diário Oficial da União, 1994b.
______. Ministério da Educação e Cultura. Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Fixa as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, DF: MEC, 1996.
_____. Resolução CNE/CEB nº 2, de 1 de setembro de 2001. Institui Diretrizes Nacionais Para a Educação Especial na Educação Básica. Brasília, 2001. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CEB0201.pdf>. Acesso em: 29 de maio de 2021.
_____. Decreto Federal nº 5.626 de 22 de dezembro de 2005. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/dec5626.pdf>. Acesso em: 29 de maio de 2021.
______. Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: MEC/SEESP, 2008.
______. Presidência da República. Lei nº 13.146/2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Brasília, DF, 2015. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm>. Acesso em: 29 de maio de 2021.
CASTANHO, D. M.; FREITAS S. N. Inclusão e prática docente no ensino superior. Revista Educação Especial. Santa Maria, n. 27, 2005. Disponível em:. Acesso em: 29 de maio de 2021.
CHACON, M. C. M. Formação de recursos humanos em Educação Especial: resposta das universidades brasileiras à portaria nº. 1. 793 de 27/12/1994. Marilia, 2001. Tese (doutorado) – Universidade Estadual paulista Júlio de Mesquita Filho, Campus Marília.
FREITAS, T A. A abordagem sócio-histórica como orientadora da pesquisa qualitativa. Cadernos de Pesquisa, n. 116, julho/ 2002. DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-15742002000200002
GOTTI, M. O Ensino Superior: Políticas, propostas e demanda. In: Anais do XX Congresso Nacional das APAEs, I Fórum, Nacional das APAES: As Apaes e o novo milênio – Passaporte para a cidadania. Brasília: Federação nacional das Apaes, 2001. p. 247-270
GÓES, M. C. Relações entre desenvolvimento humano, deficiência e educação: contribuições da abordagem histórico-cultural. In: OLIVEIRA, M. K.; REGO, T. C.; SOUZA, D. T. Psicologia, educação e temáticas da vida contemporânea. São Paulo: Moderna, 2002.
KASSAR, M. C. M. Educação especial na perspectiva da educação inclusiva: desafios da implantação de uma política nacional. Educar em Revista. Curitiba, n. 41, p. 61-79, jul./set. 2011. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-40602011000300005
LIBÂNEO, J. C. Organização e gestão da escola: teoria e prática. 5. ed. revista e ampliada. Goiânia. Editora Alternativa, 2004.
MARTINS, H. H. T. D. Metodologia qualitativa de pesquisa. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.30, n.2, p. 289-300, maio/ago. 2004. DOI: https://doi.org/10.1590/S1517-97022004000200007
MORAES, R.; GALIAZZI, Maria do Carmo. Análise Textual Discursiva. Ijuí/RS: Editora Unijuí, 2007.
SELLES, S.E. Formação continuada e desenvolvimento profissional de professores de ciências: anotações de um projeto. Ensaio, v.2, n.2, 2002. DOI: https://doi.org/10.1590/1983-21172000020206
UNESCO. Declaração de Salamanca: sobre princípios, política e prática em educação especial, de 10 de junho de 1994. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf>. Acesso em: 29 mai. 2021.
VIGOTSKI, L. S. Obras escogidas: fundamentos de defectologia. Madrid: Visor, 1997. v. 5.
______. A Formação Social da Mente. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2007.
TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1987.
VILELA-RIBEIRO, E. B.; BENITE, A. M. C. A educação inclusiva na percepção de professores de química. Ciência & Educação, v.16, n.3, p.585-594, 2010. DOI: https://doi.org/10.1590/S1516-73132010000300006
VILELA-RIBEIRO, E. B. Formação de professores de ciências e educação inclusiva em uma instituição de ensino superior em Jataí-GO. Dissertação (Mestrado em Educação de Ciências e Matemática) Universidade Federal de Goiás/Regional Goiânia, 2011.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Poíesis Pedagógica

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License. Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre aqui: http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html)