A Práxis sob Risco na Era Digital: uma Análise da Escrita Acadêmica Mediada por Inteligência Artificial
DOI:
https://doi.org/10.69532/2178-4442.v23.75096Palavras-chave:
Práxis, Inteligência artificial, Escrita acadêmicaResumo
Este artigo analisa a relação entre atividade teleológica, atividade cognoscitiva e práxis para refletir sobre os limites da produção de textos acadêmicos por meio da inteligência artificial (IA). Sustenta-se que a práxis não se reduz ao plano teleológico e do conhecimento, exigindo a ação concreta do indivíduo sobre a matéria para que ocorra a objetivação da subjetividade e a formação humana. Argumenta-se que, ao delegar à IA a realização da escrita do texto acadêmico, o sujeito rompe com a unidade entre pensamento e ação, caracterizando uma forma de práxis utilitária imediata. Defende-se, contudo, que a IA pode constituir uma mediação válida desde que subordinada à atividade consciente do indivíduo. O texto propõe, assim, uma reflexão crítica sobre os usos pedagógicos e éticos da IA na graduação e na pós-graduação, reafirmando a centralidade da práxis na formação acadêmica e na constituição do ser social.
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