POSIÇÕES SUBJETIVAS EM TEXTOS INFANTIS: EM BUSCA DO DESCOLAMENTO DO TEXTO BASE

Autores

  • Carla da Silva Francisco Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, São Paulo, Brasil, carlafrancisco@usp.br
  • Sheila Perina Souza Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, São Paulo, Brasil, sheila.perina.souza@usp.br

DOI:

https://doi.org/10.5216/rpp.v16i2.56071

Resumo

Inspirados nas pesquisas de Riolfi e Magalhães (2008)  e Riolfi e Costa (2011) que têm analisado marcas subjetivas em textos de crianças, neste trabalho buscaremos refletir acerca da presença da singularidade em textos de crianças a partir de uma proposta de produção.  Para isso analisaremos 40 textos, produzidos para Prova São Paulo de 2017, da Secretaria Municipal de Educação de SP, por crianças do 3º ano de duas escolas públicas da zona leste de São Paulo. As escolas apresentam níveis socioeconômicos distintos, apesar de poucas variações, de acordo com o Indicador de Nível Socioeconômico (INSE) do INEP. Utilizando-nos das modalizações agenciamento da singularidade de Riolfi e Magalhães (2008), como categorias de análise,  buscamos compreender como as crianças agenciam sua subjetividade de modo a se e descolarem do texto “esperado” nos diferentes contextos sociais em que suas escolas estão inseridas. A pesquisa nos revela que mesmo mediante propostas de produção prescritivas e das tentativas por padronizar as escritas infantis, as crianças, de distintos contextos, apresentam marcas de subjetividade em suas produções, porém, sem atingir o pleno descolamento, típico de um processo de separação (LACAN, 1993).


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Biografia do Autor

Carla da Silva Francisco, Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, São Paulo, Brasil, carlafrancisco@usp.br

Graduada em Pedagogia pelas Faculdades Integradas Torricelli (2007) e especialista em Ética, Valores e Cidadania na escola, pela Universidade de São Paulo (2014), no momento é mestranda no programa de pós-graduação da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo.

Professora de Educação Infantil e Ensino Fundamental I na Rede Municipal de Ensino de SP. Atualmente, trabalha como Assistente Técnico Educacional na Prefeitura Municipal de SP, atuando na formação de formadores e professores, na produção de materiais didáticos e acompanhamento gerencial dos dados de Alfabetização nessa rede. Tem experiência com coordenação pedagógica e informática educativa. Os seus principais interesses são: processos de alfabetização, formação de professores, currículo de língua portuguesa - alfabetização.

Sheila Perina Souza, Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, São Paulo, Brasil, sheila.perina.souza@usp.br

Sheila Perina de Souza é Mestranda na área de Educação e Linguagem na Faculdade de Educação da USP, desenvolve a pesquisas relacionadas ao ensino e a aprendizagem da língua portuguesa em Angola, Brasil e Moçambique. Desde 2013, frequenta o Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação da Universidade Lueji Ankonde - GEPEULAN. Em 2014, fez graduação sanduíche na Universidade Lueji Ankonde, em Angola. E lecionou em uma escola de ensino primário no mesmo período. Desenvolveu a pesquisa Iniciação cientifica "Enquanto mamã fala Cokwe a escola me alfabetiza em língua portuguesa- Alfabetização em Angola" (2015), orientada pelo Prof. Dr. Valdir Heitor Barzotto (FEUSP). No ano de 2016, foi contemplada pelo Programa de Bolsas Santader de Intercâmbio Mobilidade e foi para Moçambique, onde desenvolveu a pesquisa ?Imagens das Línguas Nacionais no Sistema de Ensino Moçambicano no discurso do professor?. Mais tarde essa pesquisa foi ampliada tornando-se a pesquisa de mestrado ?Imagens de Língua ? Um estudo educacional sobre as línguas nacionais na escola básica moçambicana?. Em 2018, esteve na Escola Superior Pedagógica (Angola) como pesquisadora visitante. Atualmente a pesquisadora é membro do GEPPEP - Grupo de estudos e pesquisa Produção de Escrita e Psicanalise desde 2016.

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Publicado

21-01-2019

Como Citar

FRANCISCO, Carla da Silva; SOUZA, Sheila Perina. POSIÇÕES SUBJETIVAS EM TEXTOS INFANTIS: EM BUSCA DO DESCOLAMENTO DO TEXTO BASE. Poíesis Pedagógica, Catalão, v. 16, n. 2, p. 42–54, 2019. DOI: 10.5216/rpp.v16i2.56071. Disponível em: https://periodicos.ufcat.edu.br/index.php/poiesis/article/view/56071. Acesso em: 28 abr. 2025.