ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA: a percepção de diretores escolares sobre os (possíveis) efeitos nas políticas educacionais municipais
DOI:
https://doi.org/10.69532/2178-4442.v22.74681Palavras-chave:
Avaliação, Diretor Escolar, IdebResumo
O estudo objetivou analisar a percepção de diretores escolares sobre os (possíveis) efeitos do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) nas políticas educacionais de um município do interior do Estado de São Paulo. Contou com o suporte teórico de Soares e Xavier (2013), Pessin e Deps (2020), Höfling (2001), entre outros. De abordagem qualitativa, aplicou-se um questionário composto de questões fechadas e abertas. A partir da análise dos dados coletados, foi possível concluir que existe uma dissonância entre algumas considerações dos diretores e os desdobramentos do Ideb no desenvolvimento de políticas educacionais locais. Também chama-se a atenção para o fato de as políticas responsabilizarem as escolas e seus profissionais, sem levar em conta as profundas e históricas desigualdades sociais. Logo, o Ideb pouco vem contribuindo com a melhoria da qualidade da educação.
Downloads
Referências
ALMEIDA, L. C.; DALBEN, A.; FREITAS, L. C. O Ideb: limites e ilusões de uma política educacional. Educação & Sociedade, v. 34, n. 125, 2013. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-73302013000400008
BERMUDES, W. L. et al. Tipos de escalas utilizadas em pesquisas e suas aplicações. Revista Vértices, v. 18, n. 2, 2016. DOI: https://doi.org/10.19180/1809-2667.v18n216-01
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 1988.
BRASIL. Lei n. 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação e dá outras providências. Brasília, 2014.
BROADFOOT, P. Education, assessment and society: a sociological analysis. Buckingham: Open University Press, 1996.
CASASSUS, J. Política y metáforas: un análisis de la evaluación estandarizada en el contexto de la política educativa. In: BAUER, A.; GATTI, B. A.; TAVARES, M. R. (orgs.). Vinte e cinco anos de avaliação de sistemas educacionais no Brasil: origens e pressupostos. Florianópolis: Insular, p. 21-46, 2013.
DALBEN, A. Avaliações de desempenho do aluno para a atribuição de sanções e bonificações à escola e ao professor. Anais do Encontro Nacional de Didática e Práticas de Ensino. Campinas: Endipe, 2012.
GOHN, M. da G. Gestão pública e os conselhos: revisitando a participação na esfera institucional. Revista de Estudos e Pesquisas sobre as Américas, v. 10, n. 3, 2016. DOI: https://doi.org/10.21057/repam.v10i3.21868
HYPÓLITO, A. M. Estado gerencial, reestruturação educativa e gestão da educação. Revista Brasileira de Política e Administração da Educação, v. 24, n. 1, p. 63-78, jan./abr. 2008.
HÖFLING, E. de M. Estado e políticas (públicas) sociais. Cadernos Cedes, a. XXI, n. 55, nov. 2001. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-32622001000300003
IAIES, G. Evaluar las evaluaciones. In: UNESCO. Evaluar las evaluaciones: una mirada política acerca de las evaluaciones de la calidad educativa. Buenos Aires: IIPE; Unesco, p. 15-36, 2003.
IBGE. Pesquisa por panorama. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/__________/panorama. Acesso em: 31 out. 2021.
INEP. Consulta ao Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. Disponível em: http://ideb.inep.gov.br/. Acesso em: 02 nov. 2021.
LIBÂNEO, J. C. Políticas educacionais no Brasil: desfiguramento da escola e do conhecimento escolar. Cadernos de Pesquisa, v. 46, n. 159, p. 38-62, jan./mar. 2016. DOI: https://doi.org/10.1590/198053143572
LIBÂNEO, J. C.; OLIVEIRA, J. F.; TOSCHI, M. S. Educação escolar: políticas, estrutura e organização. 2 ed. São Paulo, Cortez., 2010.
MARANGONI, R. A. O nome e seus desafios: representações sociais do diretor/gestor escolar acerca do seu agir profissional. 161 fls. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Educação. UMESP, São Bernardo do Campo/SP, 2017.
NUNES, I. C. T. Eleição para diretor escolar no município de Irecê: uma proposta de regulamentação de forma horizontal. 117 fls. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Currículo, Linguagens e Inovações Pedagógicas. UFBA, Salvador/BA, 2018.
PESSIN, G., DEPS, V. L. O Ideb e a atuação docente na perspectiva da autorregulação. Educação em Revista, v. 36, 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/0102-4698219808
PRAÇA, F. S. G. Metodologia da pesquisa científica: organização estrutural e os desafios para redigir o trabalho de conclusão. Revista Eletrônica Diálogos Acadêmicos, v. 8, n. 1, 2015.
SAUL, A. M. Na contramão da lógica do controle em contextos de avaliação: por uma educação democrática e emancipatória. Educ. Pesqui., v. 41, n. especial, dez. 2015. DOI: https://doi.org/10.1590/S1517-9702201508143035
SCHNECKENENBERG, M. Democratização da gestão e atuação do diretor de escola municipal. Revista Brasileira de Política e Administração da Educação, v. 25, n. 1, mar. 2011.
SILVA, G. da; SILVA, A. V. da; SANTOS, I. M. dos. O Ideb e as políticas públicas educacionais: estratégias, efeitos e consequências. Revista Exitus, v. 9, n. 1, 2019. DOI: https://doi.org/10.24065/2237-9460.2019v9n1ID723
SOARES, J. F.; XAVIER, F. P. Pressupostos educacionais e estatísticos do Ideb. Educação & Sociedade, v. 34, n. 124, 2013. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-73302013000300013
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Djalma Machado, Ricardo Marangoni

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License. Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre aqui: http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html)