Interfaces comunicacionais amigáveis e gênero: um levantamento preliminar sobre a representação feminina das assistentes virtuais

Autores

Palavras-chave:

Assistentes virtuais, Comunicação, gênero, Representação feminina

Resumo

Este artigo discute a representação de gênero nas assistentes virtuais desenvolvidas pelas Big Techs a partir da percepção de que há performatividade de gênero nestas interfaces comunicacionais. Alerta-se, a partir disso, para os riscos de violência simbólica e física associados à representação feminina. Conclui-se que é ainda necessário desconstruir estereótipos de gênero nas interfaces de comunicação não humanas e, eventualmente, considerar alternativas mais éticas para interfaces amigáveis não antropomórficas.

Referências

BAUDRILLARD, Jean. Simulacros e simulação. Lisboa: Relógio D’Água, 1991

BRAGA, Joaquim. “A voz do estereótipo nos assistentes digitais”. Acta Scientiarum. Language and Culture. Coimbra, Portugal, v. 44, n. 1, 2022, p. 1-10. Disponível em: <https://doi.org/10.4025/actascilangcult.v44i1.60071>. Acesso em 22 jan. 2024.

BELL, Daniel. O advento da sociedade pós-industrial. São Paulo: Cultrix, 1973.

BOGOST, Ian. “The cathedral of computation”. The Atlantic, 15 jan. 2015. Disponível em: <https://www.theatlantic.com/technology/archive/2015/01/the-cathedral-of-computation/384300/>. Acesso em: 22 jan. 2022.

CASTELLS, M. A galáxia da internet: reflexões sobre a internet, os negócios e a sociedade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.

COSTA, Pedro. Conversations with ELIZA: sobre género e inteligência artificial. 2018. Dissertação (Mestrado em Design de Comunicação e Novos Media) – Faculdade de Belas Artes, Universidade de Lisboa, Lisboa, 2018.

CUNHA, Lilian. “Por que a maioria das assistentes virtuais são mulheres? – até a Unesco cansou disso”. Cultura, São Paulo, 05 jan. 2021. Disponível em: . Acesso em 22 jan. 2023.

FISKE, S. T., CUDDY, A. J. C., GLICK, P., & XU, J. “A model of (often mixed) stereotype content: Competence and warmth respectively follow from perceived status and competition”. 2002. Journal of Personality and Social Psychology, 82(6), 878–902. Disponível em: < https://psycnet.apa.org/record/2002-02942-002>. Acesso em 22 jan. 2024.

HESTER, Helen. 2016. Technology Becomes Her. New Vistas. 3 (1):46 — 50

INTRONA, Lucas. D. “Towards a post-human intra-actional account of sociomaterial agency (and morality)”. In: JOHNSON, C. The information diet. São Francisco: O’Reilly Media, 2015. p. 31-53

LATOUR, Bruno. Reassembling the social: an introduction to actor-network theory. Nova Iorque: Oxford Press University, 2005.

MANOVICH, Lev. The Language of New Media. Cambridge, Massashusetts, MIT Press, 2001.

MARTÍN-BARBERO, Jesús. Dos meios às mediações: comunicação, cultura e hegemonia. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ, 1997.

RADFAHRER, Luli. “O meio é a mediação: uma visão pós-fenomenológica da mediação datacrática”. Matrizes, vol. 12, núm. 1, pp. 131-153, 2018.

SANTOS, Fabiene. A voz femenina em assistentes virtuais: uma análise pelos estudos da linguagem. 2022. Tese (Doutorado em Estudos Linguísticos) – Instituto de Letras e Linguística, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2022.

UNESCO. I’d blush if I could. 2019. Disponível em: <https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000367416.page=1>. Acesso em 22 jan. 2024.

VIEIRA, Jéssica Monique de Lira; CORREA, Renato Fernandes. “Visualização da Informação na construção de interfaces amigáveis para Sistemas de Recuperação de Informação”. Encontros Bibli: revista eletrônica de biblioteconomia e ciência da informação, [S. l.], v. 16, n. 32, p. 73–93, 2011. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/eb/article/view/1518-2924.2011v16n32p73. Acesso em: 12 jan. 2024.

Downloads

Publicado

01-07-2025

Edição

Seção

Artigos Dossiê