Edições anteriores
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Dossiê Conhecimentos, territórios e práticas culturais: diálogos interdisciplinares sobre o passado e o presente
v. 22 n. 2 (2024)REVISTA OPSIS
Chamada 02/2024
Dossiê Conhecimentos, territórios e práticas culturais: diálogos interdisciplinares sobre o passado e o presente
Organizadores:
Prof. Dr. César Martins de Souza (Instituto Amazônico de Agriculturas Familiares/UFPA), cesar@ufpa.br
Profa. Dra. Monique Medeiros (Instituto Amazônico de Agriculturas Familiares/UFPA), mmedeiros@ufpa.br
O Brasil vivenciou sobretudo a partir dos chamados anos de chumbo, na ditadura civil-militar, na década de 1960, a implantação de uma agenda e uma cartografia desenvolvimentistas que visavam a expansão do capital transnacional no país, desconsiderando as populações do campo e tradicionais que se viram fragilizadas ante as profundas mudanças que foram implementadas. Mais especificamente na Amazônia, essa implantação desencadeou desterritorializações e violência comprometedoras da soberania alimentar, bem como dos mecanismos socioculturais e ambientais que garantem o existir de diferentes grupos sociais no presente e comprometendo o futuro. Em contrapartida, diferentes populações do campo, dos rios e da floresta, camponeses, ribeirinhos, indígenas, quilombolas, dentre outras, não assistiram passivamente a esses processos, mas construíram – e vêm construindo – contra-tendências capazes de assegurar suas perspectivas de futuro nos territórios em que habitam. Tendo em vista a complexidade das reflexões que podem ser suscitadas a partir dessa problemática, este dossiê convida pesquisadoras e pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento a enviarem seus artigos que tragam dados empíricos e análises sobre populações do campo, dos rios e da floresta de variados territórios da Amazônia, que, por um lado foram fortemente atingidas por concepções e práticas que lhes enxergam como parte de um passado do Brasil, mas, por outro lado evidenciam o significado e importância de sua presença viva, inclusive, para que o futuro deles e da Amazônia não faça parte apenas do passado.
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OPSIS v. 21 n. 1 (2024): Ruralidades e meio ambiente: retrocessos e desmontes institucionais
Ramos Martinez, Los Cesteros, 1939. OPSIS Dossiê Ruralidades e meio ambiente: retrocessos e desmontes institucionais. OPSIS, Catalão-GO, v. 21, n. 01, p. 686-830, jan./jun. 2024
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OPSIS
v. 20 n. 2 (2020)Às leitoras e leitores,
Diante da maior crise sanitária da nossa época, a Revista Opsis apresenta mais uma publicação de estudos e reflexões que, direta ou indiretamente, referem-se a temas de interesse que crescentemente são debatidos nestes tempos de isolamento social.
Acreditamos que a universidade é um lugar de lutas sociais e ideológicas, e nesse sentido, num momento em que a ciência é questionada, os direitos conquistados são atacados e a academia é desacreditada por vários setores da sociedade, a revista Opsis espera contribuir para o debate com artigos que colaborem com o pensamento crítico e enriquecimento teórico.
Um aspecto fundamental a ser considerado nesse contexto, é a intensificação dos desafios para a produção científica. Numa conjuntura tão complexa, imprevisível e instável, inúmeros são os obstáculos que se apresentam, tais como, a suspensão das atividades acadêmicas, a adaptação ao ensino remoto temporário, falta de acesso aos arquivos e bibliotecas, além de inúmeras outras questões de ordem política, econômica e social.
Tudo isso reverbera sobremaneira na publicação dos periódicos acadêmicos, tal como em nossa revista. Ademais, estamos no momento da transição da autonomia e fundação da Universidade Federal de Catalão, criada pela lei 13.634 de 20 de março de 2018. A UFCAT é fruto de um longo esforço coletivo composto por professores, alunos, técnicos e comunidade. A separação da Universidade Federal de Goiás é sem dúvida uma grande conquista para o cenário educacional brasileiro, entretanto carrega dificuldades próprias da sua natureza complexa. No caso desta revista, isso se revela na falta de recursos financeiros, bem como a falta de técnicos, revisores, diagramadores e demais profissionais especializados, essenciais na produção e publicação de uma edição.
Apesar das adversidades a Opsis continua firme em seu propósito de ser um espaço de divulgação de pesquisas e da produção historiográfica, sem se pautar meramente nos indicadores de desempenhos e sistemas de medição, mas fundamentalmente, na produção de conhecimento histórico de qualidade.
Desejamos a todos e todas, uma boa leitura!
Obra da capa: Eclipse, 1954. Antônio Bandeira, óleo sobre tela 46 x 55 cm. Acervo Banco Itaú.
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OPSIS
v. 20 n. 1 (2020)O novo número da revista Opsis vem à público em meio à maior emergência de saúde pública desde a epidemia de H1N1 em 1918, numa crise sanitária que eclode em meio à mais profunda crise do capital. A intensificação da exploração em curso desde a crise de 2008, encontrou nova oportunidade para a acumulação e centralização de capital em níveis jamais antes experimentados, chegando ao anúncio da fortuna de uma única pessoa de 200 bilhões de dólares. Este processo tende a eliminar as camadas médias e submeter as classes trabalhadoras a níveis crescentemente degradantes de existência, fazendo desaparecer os parcos direitos sociais nos locais do mundo em que eles foram conquistados e, em muitos outros, como na África e América Latina, condenando populações inteiras a desaparecimento físico ou cultural, mostrando a reversibilidade da conquista de direitos e a ilusão de seu acúmulo constante.
Numa conjuntura tão difícil, a revista Opsis, composta de artigos livres, apresenta diversos estudos e reflexões que direta ou indiretamente referem-se à temas de interesse que crescentemente são debatidos nestes tempos de isolamento social. Acreditamos que a Universidade é um lugar de lutas sociais e ideológicas, e nesse sentido, num momento em que a ciência é questionada, os direitos conquistados são atacados e a academia é desacreditada por vários setores da sociedade, a revista Opsis espera contribuir para o debate com artigos que colaborem com o pensamento crítico e enriquecimento teórico.
*O Portal de Periódicos da Universidade Federal de Goiás (UFG) foi vítima de hackeamento. Todas as revistas presentes no Portal foram afetadas e nossa revista está entre elas. Após um trabalho árduo das equipes envolvidas, verificou-se que muitos arquivos foram perdidos. A restauração integral de todos os arquivos será um trabalho lento e delicado, com checagem de cada volume já publicado e do estado das submissões em andamento. Dessa forma, inevitavelmente, os volumes referentes a 2020 sofrerão atrasos na sua publicação. Reafirmamos nosso compromisso de trabalhar para que tudo seja recuperado e pedimos a compreensão de nossos leitores/as e autores/as.
Equipe Editorial
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v. 19 n. 2 (2019)
É com alegria que apresentamos mais um número da Revista OPSIS. Nossa Revista, ao longo de seus 18 anos de existência, tem sido fiel ao significado de seu nome: “um termo grego que significa visão e designa aquilo é visível e confiado ao olhar, à observação”. Nesse sentido, este segundo número de 2019, ao priorizar o pensamento histórico, lança-se ao desafio de pensar o fardo que recai sobre os ombros de historiadoras e historiadores, nesta grave conjuntura econômica, social e política vivida pela sociedade brasileira. Neste momento, mais que em qualquer outro, da jovem democracia brasileira pós-ditadura militar, somos chamados a combater o revisionismo histórico que se sustenta fortemente em uma postura anticonhecimento. Mas, nós sabemos que a suspeita que cai sobre os especialistas, nestes tempos de pós-verdade, é parte de uma questão histórica maior.
Por isso, neste cenário, defendemos que o pensamento histórico pode oferecer importantes aportes teórico-metodológicos para o debate, tendo em vista que o enterro público de “fatos objetivos” e “apelos à emoção e crença pessoal” não são questões estranhas à História, uma vez que estamos acostumados a nos questionar sobre os fatos e os testemunhos históricos. Esse desafio é enfrentado, frontal ou tangencialmente, pelo conjunto de textos apresentados neste número da Revista OPSIS.