v. 19 n. 2 (2019)
É com alegria que apresentamos mais um número da Revista OPSIS. Nossa Revista, ao longo de seus 18 anos de existência, tem sido fiel ao significado de seu nome: “um termo grego que significa visão e designa aquilo é visível e confiado ao olhar, à observação”. Nesse sentido, este segundo número de 2019, ao priorizar o pensamento histórico, lança-se ao desafio de pensar o fardo que recai sobre os ombros de historiadoras e historiadores, nesta grave conjuntura econômica, social e política vivida pela sociedade brasileira. Neste momento, mais que em qualquer outro, da jovem democracia brasileira pós-ditadura militar, somos chamados a combater o revisionismo histórico que se sustenta fortemente em uma postura anticonhecimento. Mas, nós sabemos que a suspeita que cai sobre os especialistas, nestes tempos de pós-verdade, é parte de uma questão histórica maior.
Por isso, neste cenário, defendemos que o pensamento histórico pode oferecer importantes aportes teórico-metodológicos para o debate, tendo em vista que o enterro público de “fatos objetivos” e “apelos à emoção e crença pessoal” não são questões estranhas à História, uma vez que estamos acostumados a nos questionar sobre os fatos e os testemunhos históricos. Esse desafio é enfrentado, frontal ou tangencialmente, pelo conjunto de textos apresentados neste número da Revista OPSIS.