RELATOS DE VIAJANTES EM GOIÁS: DISCUSSÕES COM A HISTORIOGRAFIA REGIONAL

Autores

  • Adriano Freitas Silva Universidade Federal de Goiás/Campus Jataí, GO, Brasil

Resumo

No início do século XIX, com a assinatura do decreto de abertura dos portos para as nações amigas, o Brasil foi “invadido” por pesquisadores/naturalistas provenientes de várias regiões da Europa. Esses viajantes vieram com seus olhares contaminados pelo mundo europeu e cada um, com o seu modo de ver, relatou a flora, a fauna, rios, montanhas, cidades e suas populações. Em Goyaz, como também no restante do país, os viajantes europeus oitocentistas viram o Brasil com seu olhar civilizador eurocêntrico. Para eles, a pobreza, os mestiços, o abandono e o negro eram empecilhos para o processo civilizatório da região. Ignoravam por completo o outro lado da história. Ao abordar este assunto, não podemos deixar de lado os relatos dos viajantes provenientes das regiões metropolitanas brasileiras, que, através de seus escritos, contribuíram para a formação da historiografia goiana. Nesse sentido, este artigo enfatiza os relatos desses viajantes em Goyaz e coloca em pauta as obras de artistas, como Rugendas e Thomas Ender, que estiveram na província goiana e usaram seus pincéis para apresentar à Europa esse “Novo Mundo” ainda desconhecido aos seus habitantes.

Biografia do Autor

Adriano Freitas Silva, Universidade Federal de Goiás/Campus Jataí, GO, Brasil

É professor adjunto da Universidade Federal de Goiás trabalhando na graduação em Jataí e na Pós-Graduação (Mestrado e Doutorado) em Goiânia é
autor de: Olhares sobre a cidade: narrativas poéticas das metrópoles contemporâneas. São Paulo: Cone Sul, 2000; Narrativas da modernidade: história,
memória e literatura. Uberlândia: Edufu, 2011, Jatay: espaços de morar – 1880-1935. Goiânia: Editora da PUC/GO, 2012; O poeta da vida moderna:
história e literatura em Baudelaire. Curitiba: editora CRV, 2013. Endereço

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Publicado

2014-02-23