O ENTRELUGAR: AS CRÔNICAS DE JORGE AMADO COMO TEXTO MEMORIALÍSTICO

Autores

  • Márcio Henrique Muraca Universidade Federal de Uberlândia

Palavras-chave:

Memória – Crônica – Jorge Amado

Resumo

O entrelugar é o sentimento de fragmentação diante da destruição de livros, da expatriação de artistas e também dos textos esquecidos em depósitos de instituições, os quais podem nunca chegar ao público. As crônicas antigas de jornal, mais do que escritos datados, têm valor histórico, quando lidas sob a perspectiva de textos memorialísticos. Jorge Amado escreveu a coluna “Hora da Guerra” no jornal baiano O Imparcial, entre 1942 e 1944. Seus textos revelam o escritor engajado ideologicamente com o Partido Comunista, extremado, por vezes, em suas observações sobre os fatos que se desenrolavam durante a Segunda Guerra Mundial. A crônica de Amado dos anos 40, na leitura contextualizada de hoje, carrega a possibilidade de resgate de sua memória individual, bem como da memória coletiva da época.

Biografia do Autor

Márcio Henrique Muraca, Universidade Federal de Uberlândia

Márcio Henrique Muraca é mestrando no Programa de Pós-Graduação, Mestrado em Teoria Literária, na Universidade Federal de Uberlândia (MG), turma 2010-1. Seu projeto de pesquisa concentra-se na linha Poéticas do texto literário: cultura e representação, cujo objeto de estudo é o livro de crônicas Hora da Guerra (1942-1944), do escritor baiano Jorge Amado. Atua na Educação desde 1999, principalmente em colégios de ensino fundamental, incluindo três anos em escolas públicas na Inglaterra. Atualmente, suas áreas de maior interesse são Teoria da Crônica, Holocausto e Literatura e Produção Literária.

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Publicado

2012-02-22

Edição

Seção

Registros Literários, Registros de Memórias