A Concepção de Estado em A Cidade de Deus
DOI:
https://doi.org/10.5216/o.v17i02.43143Keywords:
Santo Agostinho, A Cidade de Deus, Estado, Domínio, Servidão.Abstract
Resumo A Cidade de Deus é um dos escritos de Santo Agostinho, no qual ele reconhece a existência de duas cidades: uma celestial e outra temporal, intra-histórica. Embora, esta caminhe para aquela e até chegue a admitir uma confusão ou até mesmo uma justaposição entre a cidade terrena e a espiritual, no tempo, é nela, na cidade dos homens que se pode verificar a sua concepção de cidade. Para o Bispo de Hipona, cidade é a sociedade humana, com os laços que unem seus membros, entre si. Assim, vicissitudes históricas, como a escravidão, são permitidas por Deus, para a redenção dos vencidos. E aqueles que governarem a cidade temporal – os Estados – são chamados por Deus para manterem a ordem em prol da justiça e da paz, para a felicidade de todos. Palavras-chave: Santo Agostinho, A Cidade de Deus, Estado; Domínio; ServidãoDownloads
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