A “VERDADEIRA MULHER”: BELA, EMPODERADA E DO LER
DOI:
https://doi.org/10.5216/lep.v24i2.65394Resumo
Este artigo objetiva analisar duas capas e uma matéria da revista O Diabo a Quatro, de 1879, como resposta a movimentos de luta pela inclusão de mulheres na política, em cotejo com a matéria “Bela, recatada e ‘do lar’”, da revista Veja, de 2016; e com declarações de participantes (oficiais ou não) do governo Bolsonaro (Damares Alves, ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos; e Italo Marsili, médico cotado para ministro da saúde) sobre a mulher, seus direitos e deveres. A fundamentação teórico-metodológica se embasa nos conceitos de ideologia, dialogia e voz social dos estudos bakhtinianos. Os resultados revelam o quanto, em qualquer época, se, por um lado, os movimentos feministas atuam com força total, por outro, com a mesma potência, movimentos tradicionais que reproduzem valores conservadores respondem de forma ativa. Refletir sobre esse embate de forças sociais é a relevância deste texto.
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