O CORPO FALA EM “LUAMANDA”, “ANA DAVENGA” E “DUZU-QUERENÇA”, DE CONCEIÇÃO EVARISTO
DOI:
https://doi.org/10.5216/lep.v24i2.65286Resumo
O presente estudo desenvolve reflexões em torno do discurso do corpo em três contos de Conceição Evaristo: “Luamanda”, “Ana Davenga” e “Duzu-Querença”. A centralidade do corpo da mulher negra, na obra de Evaristo, surge como forma de construir um contradiscurso ao dualismo logocêntrico que engendrou a vinculação da branquitude patriarcal à mente e a negritude e a feminilidade ao corpo, entendendo estes como indispostos ao trabalho intelectual e à (auto)reflexão. As personagens de Evaristo demostram que descolonizar mente e corpo são fenômenos equivalentes, por isso as mulheres negras representadas, em contextos sociais diversos, sofrem o trauma do racismo e do sexismo e elaboram saídas contradiscursivas a partir do próprio corpo que, antes desapropriado e controlado, adquire autonomia e passa por reconfigurações. O suporte teórico que possibilitou tais leituras reside, principalmente, sobre os estudos de bell hooks (1995), Lélia Gonzalez (1984), Djamila Ribeiro (2019), Gayatri Spivak (2010) e Michelle Perrot (2003).
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