Corpo Sonoro: o ateliê de travestilidades
Palavras-chave:
Transfeminismo, Travesti, Livre improvisação, Processos criativosResumo
Este ensaio foi escrito com fragmentos de uma investigação artística que dá seus primeiros passos enquanto pesquisa de doutoramento. Tendo como sul o pensamento transfeminista foi criado um ateliê, nele as práticas de Livre Improvisação são as ferramentas para investigar sonoridades através do corpo e do violoncelo. Com auxílio da autoetnografia e da teoria dos dados as experiências deste ateliê serão registradas num caderno artístico, analisadas posteriormente onde prevê-se a compilação dessas sonoridades em um zibaldone, e reflexões sobre os processos criativos e investigação a fim de responder a pergunta “O que um corpo travesti pode criar sonoramente?”. Neste ensaio trarei o panorama da pesquisa dividindo este artigo em quatro sessões, a Livre Improvisação, as travestilidades e nas duas sessões finais, a metodologia e algumas reflexões sobre o ateliê.
Referências
ADICHIE, Chimamanda Ngozi. The Danger of the Single Story. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
BENETTI, Alfonso. A autoetnografia como método de investigação artística sobre a expressividade na performance pianística. Opus, [S.L.], v. 23, n. 1, p. 147-165, 30 abr. 2017. OPUS. http://dx.doi.org/10.20504/opus2017a2306.
BLACKING, John. Music, culture, and experience. In: Music, culture & experience – selected papers of John Blacking; edited and with an introduction by Reginald Byron; with a foreword by Bruno Nettl. Chicago and London: University of Chicago Press, 1995. Tradução de André-Kees de Moraes Schouten publicada nos cadernos de campo, São Paulo, n. 16, p. 201-219, 2007 p. 2001
CAMPOS, Clarisse Mack da Silva; YORK, Sara. A TRAVESTILIDADE COMO POTÊNCIA EPISTEMOLÓGICA: ROMPENDO OS GRILHÕES DO TRANS-EPISTEMICÍDIO. Notícias, Revista Docência e Cibercultura, janeiro de 2024, online. ISSN: 2594-9004.
CAVALCANTI C, BARBOSA R.B, BICALHO P.P.G. Os Tentáculos da Tarântula: abjeção e necropolítica em operações policiais a travestis no Brasil pós-redemocratização. PsicolCien Prof 2018; 38(n. esp. 2.): p. 175-191
CHARMAZ, Kathy. Grounded Theory in Global Perspective. Qualitative Inquiry, [S.L.], v. 20, n. 9, p. 1074-1084, 28 ago. 2014. SAGE Publications. http://dx.doi.org/10.1177/1077800414545235.
COESSENS, Katheleen. A Arte da pesquisa em Artes: Traçando a práxis e reflexão. In Art Research Journal/Revista da ABRACE. Vol 1/2 , p. 1-20. Rio Grande do Norte: jul/dez 2014
EWELL, Philip A.. Music Theory and the White Racial Frame. Music Theory Online, [S.L.], v. 26, n. 2, p. 1-29, jun. 2020. Society for Music Theory. http://dx.doi.org/10.30535/mto.26.2.4.
FALLEIROS, Manuel Silveira. Palavras sem Discurso: Estratégias Criativas na Livre Improvisação, Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Música da ECA-USP como exigência parcial para obtenção do título de Doutor em Artes, 2012.
FISCHLIN, Daniel. Improvised Responsibility: Opening Statements: (call and) responsibility: improvisation, ethics, co-creation. In: HEBLE, Ajay; CAINES, Rebecca. The Improvisation Studies Reader. London: Routledge, 2015. p. 289-295.
HIRSON, Raquel Scotti; COLLA, Ana Cristina; FERRACINI, Renato. O Estado da Arte do Procedimento de Mímese Corpórea do LUME. Urdimento - Revista de Estudos em Artes Cênicas, Florianópolis, v.2. n. 29, p. 112-127, 2017
HOBSBAWM, E.; RANGER, T. A Invenção das Tradições. 2ed., São Paulo: Paz e Terra S.A, 1997.
HOYEM, Martin. This, upon re ading The Americans Book Review. American Ethnography Quasimonthly, 2009
KOYAMA, Emi. Transfeminist Manifesto. In: Catching a Wave: Reclaiming Feminism for the Twenty-First Century. [s.l], Northeastern University Press, 2003.
LUSTOSA, Tertuliana. Manifesto traveco-terrorista. Concinnitas, vol.1, n. 28, p. 384-409, 2016
MAIA, S.; BATISTA, J. dos S. REFLEXÕES SOBRE A AUTOETNOGRAFIA. Revista Prelúdios , [S. l.], v. 9, n. 10, p. 240–246, 2022. DOI: 10.9771/revpre.v10i10.37669. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/revistapreludios/article/view/37669. Acesso em: 24 maio. 2024.
MATURANA, Humberto; VARELA, Francisco. A ÁRVORE DO CONHECIMENTO: as bases biológicas do entendimento humano. Campinas: Editorial . Psy II, 1995. 281 p.
MOIRA, Amara. A prostituição como trincheira trans. Contraste, São Paulo, p. 114-119 ago. 2019
RUFINO, Luiz. Pedagogia das Encruzilhadas. Rio de Janeiro: Mórula, 2019. 164 p.
SCOTT, Richard. Free Improvisation and Nothing:: from the tactics of escape to a bastard science. Act: Zzeitschrift für Musik & Performance, Berlin, p. 1-23, ago. 2014.
SILVA, Isadora Ravena Teixeira da. Por travecametodologias de criação em arte contemporânea. 2022. 129 f. Dissertação (Mestrado em Artes) - Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2022.
SIMONDON, Gilbert, A Gênese do Indivíduo in Cadernos de Subjetividade. Tradução de Ivana Medeiros. Reencantamento do Concreto. São Paulo, Hucitec, 2003, pp. 99-117.
SPIVAK, Gayatri Chakravarty. “Can The Subaltern Speak?”, in Bill Ashcroft, Gareth Griffiths e Helen Tiffin (eds.) The post-colonial studies reader. London: Routledge, 1995, p. 24-28.
TREVISAN, Ivan Rodrigues. Para Além da Invenção: uma crítica ao conceito hobsbawmiano de tradição. In: GUILHERME, Willian Douglas. História e as Práticas de Presentificação e Representação do Passado. Ponta Grossa: Editora Atena, 2020. p. 136-204.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.