Tendências em inteligência artificial e educação híbrida: um estudo exploratório

Autores

DOI:

https://doi.org/10.69532/2178-4442.v20.73649

Palavras-chave:

Inteligência artificial, Educação híbrida, Análise bibliométrica, Estado do conhecimento

Resumo

Este artigo objetiva identificar tendências e temas de pesquisas acadêmicas relacionadas às contribuições de estudos que se voltaram a pesquisar a intersecção entre inteligência artificial e educação híbrida, a partir de pesquisa bibliográfica na base Scopus, da análise de redes de coocorrência de palavras-chave, de cocitação de referências citadas e da análise qualitativa dos resultados de pesquisa, por meio do estado do conhecimento. A pesquisa revelou uma tendência crescente da mobilização da comunidade científica para investigar acerca do tema de pesquisa, com ênfase em diferentes abordagens. Conclui-se que este campo se encontra em pleno desenvolvimento, pois possibilita integrar diferentes tecnologias no contexto educativo, proporcionando experiências de aprendizagem mais flexíveis, inclusivas, personalizadas e interativas., que se expressam em novos modelos de ensino que apoiam o desenvolvimento da autonomia, o pensamento reflexivo, a aprendizagem ativa e contribuem com a construção de um cenário educacional que aborde as habilidades exigidas no século XXI.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Klesia de Andrade Matias, Universidade Católica de Brasília - UCB

Possui graduação em Pedagogia pelo Centro Universitário do Distrito Federal - UDF (2002). É servidora da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF) desde 2004. No período de janeiro de 2004 até maio de 2012 atuou como professora do componente curricular Atividades para Anos Iniciais do Ensino Fundamental e Educação Infantil. Atuou como vice-diretora da Escola Classe 803 do Recanto da Emas. Foi assessora especial da Subsecretaria de Educação Básica do DF. Foi suplente no comitê gestor do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) no Distrito Federal. Atuou Coordenadora de Políticas Educacionais para Educação Infantil e Ensino Fundamental da Subsecretaria de Educação Básica, da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal. Atualmente é mestranda na Universidade Católica de Brasília - UCB e participa do Grupo de Pesquisa Interdisciplinar em Tecnologias Digitais, Internacionalização e Permanência Estudantil (GeTIPE). Possui especialização Lato Sensu nas seguintes áreas: Psicopedagogia, Neuropedagogia, Psicanálise e Docência do Ensino Superior, Orientação Educacional, Gestão Escolar e Políticas públicas para infância, juventude e diversidade.

Eduardo Moresi, Universidade Católica de Brasília

Concluiu o Curso de Intendência da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) em 1981. No biênio 1985/1986 foi Instrutor do Curso de Intendência da AMAN. Graduou-se em Engenharia Eletrônica pelo Instituto Militar de Engenharia no período de 1987 a 1989, ingressando no Quadro de Engenheiros Militares do Exército. De Janeiro a Julho de 1990 trabalhou em projetos de desenvolvimento de material de comunicações militares na Fábrica de Material de Comunicações e Eletrônica da IMBEL. No período de Julho de 1990 a Março de 1995 desempenhou a função de Adjunto da Seção Técnica da Diretoria de Material de Comunicações e de Eletrônica, onde acompanhou contratos de aquisição de equipamentos e sistemas de comunicações militares e de guerra eletrônica. Em 1994 concluiu o Mestrado em Engenharia Elétrica pela Universidade de Brasília, com foco em classificação automática de imagens de satélites empregando redes neurais. No período de Abril de 1995 a Novembro de 2002, desempenhou a função de Adjunto da Seção de Comunicações, Informática e Guerra Eletrônica da Subchefia de Informação do Estado-Maior do Exército, onde atuou em projetos estratégicos Comunicações Militares, Guerra Eletrônica, Inteligência Militar e Sensoriamento Remoto. De Junho a Dezembro de 1997, representou o Ministério do Exército junto ao Estado-Maior das Forças Armadas (EMFA) na Comissão Interministerial responsável pelo Contrato e Recebimento em Fábrica das estações móveis de comunicações por satélite em Banda X. No período de Janeiro a Abril de 2001 foi Assistente do Secretário de Tecnologia da Informação (STI), onde realizou um levantamento da situação da STI e propôs recomendações para o desenvolvimento do Sistema de Informática do Exército. Em 2001, concluiu o Doutorado em Ciência da Informação pela Universidade de Brasília, com foco em Teoria da Complexidade e Inteligência Organizacional. No período de Novembro de 2002 a Março de 2003, foi Subchefe do Centro de Desenvolvimento de Sistemas - Exército Brasileiro, onde gerenciou, em nível estratégico, o desenvolvimento de projetos corporativos de Tecnologia da Informação. Em 31 de março de 2003 passou para a Reserva Remunerada do Exército Brasileiro no posto de Tenente Coronel. Atualmente, é professor da Universidade Católica de Brasília, onde desempenhou a função de Diretor dos Cursos de Ciência da Computação e de Sistemas de Informação no período de 03/08/2003 a 31/12/2012 e atua como docente do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu de Mestrado Profissional em Gestão do Conhecimento e da Tecnologia da Informação (PPGCTI) da UCB, que a partir de 2019 alterou seu nome para Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu de Mestrado Profissional em Governança, Tecnologia e Inovação (PPGTI). No PPGCTI/PPGTI orienta dissertações nos seguintes temas: gestão do conhecimento, inteligência organizacional, inteligência competitiva e inovação. Desde Dezembro de 2013, coordena o Programa Apple Developer Academy da UCB, que capacita estudantes de graduação no desenvolvimento de aplicativos inovadores para a plataforma iOS. Em Fevereiro de 2018, passou a integrar o corpo de docentes permanentes do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu de Mestrado e Doutorado Acadêmico em Educação, onde orienta dissertações e teses em metodologias ativas de ensino e aprendizagem, tecnologias educacionais e inovação. A partir de 15/10/2012, assumiu o cargo de Assessor Técnico no CGEE - Centro de Gestão e Estudos Estratégicos, onde atua em projetos de Inteligência em Ciência, Tecnologia e Inovação.

Pricila Kohls-Santos, Universidade Católica de Brasília

Professora e pesquisadora permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação da UCB/DF. Doutora em Educação pelo PPGEdu/PUCRS, com estágio sanduíche na Universidad Politécnica de Madrid (2014). Líder do Grupo de Pesquisa Interdisciplinar em Tecnologias Digitais, Internacionalização e Permanência estudantil (GeTIPE). Integrante da RIES - Rede Sulbrasileira de Investigadores em Educação Superior, do ARGOS (Grupo de Pesquisa Interdisciplinar em Educação Digital PUCRS). Integrante e membro fundador da RedGUIA (Red Internacional para la Gestión Univervitária Integral del Abandono e Permanencia Estudiantil). Integrante do Comitê Coordenador da RedGUIA (Gestão 2022 - 2024). Participou do Projeto Alfa GUIA (Gestão Universitária Integral do Abandono - 2012 - 2014), financiado pelo projeto Alfa da União Européia. Mestre em Educação pelo PPGEdu/PUCRS, possui graduação em Pedagogia Multimeios e Informática Educativa pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Realiza assessoria pedagógica em Educação e prestação de serviços e consultoria em Tecnologia Educacional e EaD. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Tecnologias Digitais na Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: tecnologias digitais, educação a distância, educação superior, permanência estudantil, internacionalização, ambientes de aprendizagem, informática na educação, formação de professores. Tendo realizado estágio Pós Doutoral (PNPD) na PUCRS vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Educação e ao Centro de Estudos em Educação Superior, sob supervisão da Prof. Dra. Marilia Costa Morosini (Pesquisadora 1A - CNPq).

Referências

BACICH, L. Formação continuada de professores para o uso de metodologias ativas. In: BACICH, L.; MORAN, J. Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma abordagem teórico prática. Porto Alegre: Penso, 2018.

BACICH, L.; TANZI NETO, A.; TREVISANI, F. D. M. Ensino híbrido: personalização e tecnologia na educação. Porto Alegre: Penso, 2015.

BASTIAN, M.; HEYMANN, ; JACOMY,. Gephi: An Open Source Software for Exploring and Manipulating Networks. Proceedings of the International AAAI Conference on Web and Social Media. [S.l.]: [s.n.]. 2009. p. 361-362.

BLASCO-ARCAS , L. et al. Using clickers in class. The role of interactivity, active collaborative learning and engagement in learning performance. Computers & Education, n. 62, 2013. 102-110.

CHEN, M.-R. A.; HWANG, G.-J.; CHANG, Y.-Y. A reflective thinking-promoting approach to enhancing graduate students' flipped learning engagement. British Journal of Educational Technology, n. 50, 2019. 2288-2307.

CHEN, X. et al. Two Decades of Artificial Intelligence in Education: Contributors,

Collaborations, Research Topics, Challenges, and. Educational Technology and Society, n. 25 (1), 2022. 28-47.

CIEB, C. D. I. P. A. E. B. Notas técnicas #16 Inteligência artificial na educação [recurso eletrônico]. São Paulo: CIEB, 2019.

COLLINS, A.; HALVERSON, R. Rethinking education in the age of technology: the digital revolution and schooling in america. New York: Teachers College Press, 2009.

GARRISON, D. R.; KANUKA, H. Blended learning: uncovering its transformative potential in higher education. The internet and higher education, 2, n. 7, 2004. 95-105.

GOEDHART, N. S. et al. The flipped classroom: supporting a diverse group of students in their learning. Learning Environments Research, n. 22, 2019. 297 - 310.

GRIFFITH, , B. C. et al. The Structure of Scientific Literatures II: Toward a Macro-and Microstructure for Science. Social Studies of Science 4, p. 339-365, 1974.

GUPTA, S.; CHEN, Y. Supporting Inclusive Learning Using Chatbots? A Chatbot-Led Interview Study. Journal of Information Systems Education, 33, 2022. 98 -108.

HJORLAND, B. Citation analysis: a social and dynamic approach to knowledge. Information Processing & Management, v. 49, n. 6, p. 1313-1325, 2013.

HWANG, G. J. et al. A fuzzy expert system-based adaptive learning approach to improving students’ learning performances by considering affective and cognitive factors. Computers and Education: Artificial Intelligence, 1, 2020.

JAHNKE, I.; KUMAR, S. Digital didactical designs: teachers' integration of ipads for learning-centered processes. Journal of digital learning in teacher education, n. 30, 2014. 81-88.

KANDLHOFER, M. et al. Artificial intelligence and computer science in education: From Kindergarten to university. Proceedings - Frontiers in Education Conference. [S.l.]: [s.n.]. 2016.

KANUKA, H.; ANDERSON, T. On-line social interchange, discord and knowledge construction. Journal of distance education, n. 13, 1998. 57 - 74.

KAUR, A.; BHATIA, M.; STEA, G. A Survey of Smart Classroom Literature. Education Sciences, 2, n. 12, 2022.

KHAN, A. I. et al. Study of blended learning process in education context. International journal of modern education and computer science, 9, n. 4, 2012. 23 - 29.

KIM, G. J. et al. Perspective on flipping Circuits i. IEEE Transactions on Education, n. 54, 2014. 188-192.

KONG, S. C. Developing information literacy and critical thinking skills through domain knowledge learning in digital classrooms: an experience of practicing flipped classroom strategy. Computers & education, n. 78, 2014. 160 -173.

KOSCHMANN, T. D. et al. Using technology to assist in realising effective learning and instruction: a principal approach to the use of computers in collaborative learning. Journal of the learning science, n. 3, 1994. 227-264.

KUKULSKA-HULME, A. et al. Artifcial intelligence in education: preparing for life and learning in. Innovating Pedagogy 2020: Open University Innovation Report 8, 2020.

LÉVY, P. Cibercultura. 3° ed. ed. São Paulo: Editora 34, 2010.

LUO, Y.; HAN, X.; ZHANG, C. Prediction of learning outcomes with a machine learning algorithm based on online learning behavior data in blended courses. Asia Pacific Education Review, 2022.

MISHRA, P.; KOEHLER, M. J. Technological pedagogical content knowledge: a new framework for teacher knowledge. Teachers college record, n. 108, 2006. 1017 - 1054.

MORAN, J. Educação Híbrida: um conceito chave para a educação, hoje. In: BACICH, L.; TANZI NETO, A.; TREVISANI, F. D. M. Ensino híbrido: personalização e tecnologia na educação. Porto Alegre: Penso, 2015. p. 270.

MORAN, J. Metodologias ativas para uma aprendizagem mais profunda. In: BACICH, L.; MORAN, J. Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma abordagem teórico-prática. Porto Alegre: Penso, 2018.

MORESI, E. A. D.; PIEROZZI JÚNIOR, I. KNOWLEDGE REPRESENTATION APPROACHES FOR SCIENCE & TECHNOLOGY: towards methodological sistematization ABORDAGENS DE REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA: construindo uma sistematização metodológica. 16th CONTECSI USP - International Conference on Information Systems and Technology Management. Brasil: [s.n.]. 2019.

MOROSINI, M.; KOHLS-SANTOS, P.; BITTENCOURT, Z. Estado do conhecimento: teoria e prática. Curitiba: CRV, 2021.

NEWMAN, M. Networks: an introduction. Oxford: Oxford University Press, 2009.

NORTHEY, G. et al. Increasing Student Engagement Using Asynchronous Learning. Journal of Marketing Education, n. 37, 2015. 171- 180.

PRITCHARD, A. Statistical bibliography or bibliometrics? Journal of Documentation, v. 25, n. 4, p. 348-349, 1969.

RAMSARAN-FOWDAR, R. R.; VENCATACHELLUM, I. An assessment of students' perceptions of online conferencing: The case of full-time learners. 8th IFIP World Conference on Computers in Education, WCCE 2005. Cape Town: [s.n.]. 2005.

RODRIGO, R. T.; PLATON, L. H. Hybrid learning for the digital natives: Impacts on academic performance and learning approaches. Kasetsart Journal of Social Sciences, 1, n. 43, 2022. 201 - 208.

TORRES DIAZ, J. C.; INFANTE MORO, A.; TORRES CARRIÓN, P. V. Mobile learning: Perspectives. RUSC Universities and Knowledge Society Journal, 2015. 38-49.

UDEN, L.; BEAUMONT, C. Technology and Problem-Based Learning. Hershey: IGI Global, 2005.

UNESCO. Marco de Avaliação Global da Alfabetização Midiática e Informacional (AMI): disposição e Competências do País. Brasília: Cetic, 2016. 138 p. ISBN 978-85-7652-215-7.

VAN ECK, N. J.; WALTMAN, L. Software survey: VOSviewer, a computer program. Scientometrics, v. 84, n. 2, p. 523-538, 2010.

VAN ECK, N. J.; WALTMAN, L. Visualizing bibliometric networks. In: ROUSSEAU, R.; WOLFRAM, D. Measuring scholarly impact: methods and practice. New York: Springer, 2014. p. 285-320.

VAN ECK, N. J.; WALTMAN, L. VOSviewer manual. Leiden: Universiteit Leiden, 2019.

WALTMAN, L.; VAN ECK, N. J.; NOYONS, E. C. M. A unified approach to mapping and clustering of bibliometric networks. Journal of Informetrics, v. 4, n. 4, p. 629-635, 2010.

WANG, X. et al. Learners’ perceived AI presences in AI-supported language learning: a study of AI as a humanized agent from community of inquiry. Computer Assisted Language Learning, 2022.

WILLIAMSON, B.; EYNON, R. Historical threads, missing links, and future directions in ai in education. Learning, media and technology, 3, n. 45, 2020. 223-235.

XU, W.; OUYANG, F. A systematic review of AI role in the educational system based on a proposed conceptual framework. Education and Information Technologies, 2022. 4195-4223.

YAN, L. et al. Mapping from proximity traces to socio-spatial behaviours and student progression at the school. British Journal of Educational Technology, 2022.

YANG, S. J. H. et al. Human-centered artificial intelligence in education: Seeing the invisible through the visible. Computers and Education: Artificial Intelligence, 2021.

ZUPIC, I.; CATER, T. Bibliometric methods in management organization. Organizational Research Methods, v. 18, n. 3, p. 429-472, 2014.

Downloads

Publicado

31-12-2022

Como Citar

MATIAS, Klesia de Andrade; MORESI, Eduardo Amadeu Dutra; SANTOS, Pricila Kohls dos. Tendências em inteligência artificial e educação híbrida: um estudo exploratório. Poíesis Pedagógica, Catalão, v. 20, p. 76–96, 2022. DOI: 10.69532/2178-4442.v20.73649. Disponível em: https://periodicos.ufcat.edu.br/index.php/poiesis/article/view/73649. Acesso em: 16 out. 2024.

Edição

Seção

FLUXO CONTÍNUO

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.