CAPÃO PECADO: LITERATURA MARGINAL E HIP HOP COMO VOZES DA PERIFERIA
Resumo
A obra Capão Pecado, como um produto de um tempo e de um sujeito social concreto, nos possibilita a exploração de um universo riquíssimo: o cotidiano das pessoas na periferia. Sobre esse cotidiano, buscamos destacar alguns pontos mais problemáticos do ponto de vista social, a desassistência do Estado com políticas públicas que busquem melhorar as condições de vida das pessoas nas periferias, com melhores condições de lazer, educação e saúde. No exercício de análise da obra Capão Pecado, mostrou-se necessário contextualizá-la ao lado do movimento Hip Hop, pois, entre as duas expressões artísticas, há uma intertextualidade inerente, ambas expressam o cotidiano periférico e buscam refletir e agir sobre ele. Considerando isso, foi analisada a obra Capão Pecado e o movimento Hip Hop, associando-os como expressões artísticas periféricas. A violência, que é retratada nas expressões artísticas periféricas, me permite analisar o ponto de vista dos sujeitos produtores, sua leitura de mundo, suas demandas. Ao analisar as expressões artísticas periféricas, observo que sua arte, no intuito de ser algo que busca interferir, de alguma maneira, na realidade, de contribuir para mudanças, pode ser pensada em relação com algumas características dos movimentos sociais. Busquei explorar essa relação, desnudando suas proximidades e disparidades, e tentando identificar que tipo de relação se estabelece. O esforço desse artigo foi para analisar as expressões artísticas periféricas, visando identificar as suas preocupações, sua capacidade de leitura de mundo, seu engajamento social, sua clareza e sua atitude.
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