RIO DOCE: MAIS QUE UM PATRIMÔNIO, UM SER ANCESTRAL

Autores

  • Vanessa Alvarenga Caldeira OPAN
  • Márcia Amaral AGU

Resumo

Em novembro de 2015, rompeu-se a barragem de Fundão, no município de Mariana, Minas Gerais. Em razão das características do evento, o rompimento da barragem de Fundão é considerado um dos maiores desastres socioambientais da história do país e um dos maiores do mundo envolvendo barragens de rejeitos de minério. O rio Doce foi intensamente atingido. Para o povo Krenak, que habita tradicionamente suas margens, o desastre causou a morte de um ente ancestral: o Watu, o rio Doce. O presente artigo se propõe a refletir sobre a relação entre um rio e um povo, outras experiências de reconhecimento socio-jurídico da natureza como um ser de direito em razão do reconhecimento do seu lugar na cultura de um povo, bem como o entendimento de um recurso natural (um “bem”) como patrimônio cultural.  

Biografia do Autor

Vanessa Alvarenga Caldeira, OPAN

Antropóloga, graduada em Ciências Sociais pela UFMG, mestre pela PUC-SP. Profissional com 23 anos de experiência no indigenismo e etnografia indígena, com trabalhos desenvolvidos junto ao terceiro setor, consultorias ao poder público e privado no campo da educação escolar indígena, saúde indígena, direitos indígenas, identidade étnica e estudos de impacto socioambiental e planos básicos ambientais referente a componentes indígenas de grandes empreendimentos. 

Publicado

2020-11-14