PRORROGAÇÃO: Chamada Opsis - Dossiê Amazônia do futuro ou Amazônia sem futuro? Populações do campo, dos rios e da floresta e as concepções de futuros alternativos aos hegemônicos

2024-05-14

 

(Imagem Cruls, G.: Hileia Amazônica, p. 283)

 REVISTA OPSIS - PRORROGAÇÃO

Chamada 02/2024

DOSSIÊ AMAZÔNIA DO FUTURO OU AMAZÔNIA SEM FUTURO?

Populações do campo, dos rios e da floresta e as concepções de futuros alternativos aos hegemônicos

 Organizadores:

Prof. Dr. César Martins de Souza (Instituto Amazônico de Agriculturas Familiares/UFPA), cesar@ufpa.br

Profa. Dra. Monique Medeiros (Instituto Amazônico de Agriculturas Familiares/UFPA), mmedeiros@ufpa.br

 

O Brasil vivenciou sobretudo a partir dos chamados anos de chumbo, na ditadura civil-militar, na década de 1960, a implantação de uma agenda e uma cartografia desenvolvimentistas que visavam a expansão do capital transnacional no país, desconsiderando as populações do campo e tradicionais que se viram fragilizadas ante as profundas mudanças que foram implementadas. Mais especificamente na Amazônia, essa implantação desencadeou desterritorializações e violência comprometedoras da soberania alimentar, bem como dos mecanismos socioculturais e ambientais que garantem o existir de diferentes grupos sociais no presente e comprometendo o futuro. Em contrapartida, diferentes populações do campo, dos rios e da floresta, camponeses, ribeirinhos, indígenas, quilombolas, dentre outras, não assistiram passivamente a esses processos, mas construíram – e vêm construindo – contra-tendências capazes de assegurar suas perspectivas de futuro nos territórios em que habitam. Tendo em vista a complexidade das reflexões que podem ser suscitadas a partir dessa problemática, este dossiê convida pesquisadoras e pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento a enviarem seus artigos que tragam dados empíricos e análises sobre populações do campo, dos rios e da floresta de variados territórios da Amazônia, que, por um lado foram fortemente atingidas por concepções e práticas que lhes enxergam como parte de um passado do Brasil, mas, por outro lado evidenciam o significado e importância de sua presença viva, inclusive, para que o futuro deles e da Amazônia não faça parte apenas do passado.

Os Artigos serão recebidos até 31 de julho de 2024.